Em frente à residência dos Nakayama, Sakujiro, quando tentava explicar o motivo de estar lá, recebeu a seguinte resposta do atendente:

“Se vieram até aqui porque ficaram sabendo da existência de uma deusa-viva, estão enganados, há um equívoco! Aqui não existe qualquer deusa-viva. Se estiver doente, o melhor a fazer é procurar um médico!” – respondeu o mestre, dando pouco valor às palavras de Sakujiro.

O motivo dessa resposta é que, na época, muitas pessoas iam à Residência e diziam coisas parecidas, apenas para adentrarem ao local, quer fosse por curiosidade ou para bisbilhotar as atividades internas. Por causa das proibições impostas pela polícia e os sacrifícios passados pela Oyassama, os mestres da Residência ficavam sempre atentos à questão. Além disso, o senhor Sakujiro não aparentava ser da região e suspeitaram que estivesse mentindo.

          Sakujiro insistiu, mas foi ignorado: “E agora, o que vou fazer?” - pensou.

          De repente, apareceu outro mestre, vindo da rua: “Vocês! De onde vem? O que desejam?” - e Sakujiro explicou novamente o motivo da visita.

          “Vocês vieram da distante Kishu! Pois bem, Deus-Parens, Tenri-Ô-noMikoto, é o Deus que criou este mundo a partir do nada, é o Deus original e verdadeiro. É o Deus que salva a todos, mesmo aqueles com as doenças ditas como incuráveis. Aqui é a Residência Original, Jiba, é o local onde se iniciou a criação da humanidade. A denominamos de Residência (Yashiki). Aqui nasceram todos os seres humanos; o senhor também! Bem, não dá para continuar a conversa neste lugar, vamos entrar!” – disse o mestre Tyussako Tsuji.

          Na Residência outros mestres ficaram espantados com a postura de Tyussako Tsuji, apesar de ser uma de suas virtudes: atendeu-os, sem desconfiança, e logo foi explanando os ensinamentos. Era 24 de setembro de 1887, dia do primeiro regresso a Jiba de Sakujiro e Tameshiti.

          Naquela época, em Shoyashiki, não havia nenhuma hospedaria. Sakujiro e Tameshiti dirigiram-se até a aldeia de Senzai, onde já estavam hospedados quatro recém regressantes. Os seis, durante três dias, ouviram as preleções dos ensinamentos diretamente dos mestres Tyussako Tsuji e Issaburo Massui. Todos ficaram muito impressionados.

          Posteriormente, Sakujiro relatou os seus sentimentos desta passagem: “Escutei os ensinamentos uma única vez, mas os guardei no íntimo do meu coração. Os mestres transmitiram todas as intenções de Deus-Parens e disseram que, para me salvar, deveria determinar o espírito para o de dedicação única ao Caminho da salvação, e assim o fiz. Voltado à minha casa, sem me importar mais com os bens materiais, mas utilizando-os, passei a ajudar os outros e a divulgar os ensinamentos. Não existe nada mais gratificante. E foi através desta determinação que eu recebi a graça da salvação, de uma vida que já era dada como perdida.”

          Ao tempo em que Sakujiro ouvia as preleções, aos poucos foi se sentindo melhor, alegre e disposto. E, logo depois, à frente do Kanrodai, fez o agradecimento e a determinação da dedicação única a Deus e ao caminho da salvação. Nesse dia, Sakujiro fez a oferenda a Deus-Parens da quantia de 50 yenes.