

Novo recinto de reverência da Igreja Bauru, posteriormente doada para a instalação da Sede Missionária do Brasil
Hitória da Igreja Bauru
A origem da Igreja Bauru

Visita do emissário Takahito Iwai à casa de missionamento Nambei, em maio de 1935

Edificação da casa de missionamento Nambei que abrigou, posteriormente, a Igreja Bauru
Em maio de 1935 Chujiro recebe do senhor Takahiro Iwai, membro de uma delegação econômica japonesa que visitava o país, uma carta com uma mensagem do Shimbashira II, Shozen Nakayama, destinada aos irmãos da fé deste Caminho, radicados no Brasil.
Chujiro, emocionado com as calorosas palavras do pai espiritual, organizou uma caravana de regresso a Jiba, visando a celebração dos 50 Anos do Ocultamento Físico de Oyassama. A primeira caravana de regresso a Jiba do Brasil era composta por 150 integrantes, entre estes, 22 fiéis. O grupo partiu do porto de Santos, no dia 17 de outubro do mesmo ano. Todos estes fatos delineavam um futuro nobre, porém, inimaginável para Chujiro naquela época.
Após reverenciar a cerimônia do quinto decenário (26/01/1936), no dia 11 de fevereiro, Chujiro tem sua principal missão do regresso: recebeu a permissão de Jiba para a fundação da Igreja Tenrikyo Bauru e a de condutor. Chiyo, por sua vez, recebeu a permissão de fundação da Igreja Tenrikyo Paulista, em substituição à senhora Tamao Tanio, que no ano seguinte receberia a permissão de condutora por ocasião de seu regresso a Jiba. As Igrejas Bauru e Paulista são a segunda e terceira igrejas instaladas em solo brasileiro, respectivamente. Antes, em 11 de novembro de 1935, Zen-Nosuke Negoro já havia recebido a autorização de fundação da Igreja Tenrikyo Noroeste.
Ainda, no ano seguinte, Chujiro, impulsionado pela orientação do Shimbashira II, forma uma nova caravana de regresso a Jiba, objetivando a comemoração do Centenário da Revelação Divina. Foram 86 regressantes, sendo metade composta por fiéis.
No início de 1940, animados e através do esforço de hinokishin os fiéis começaram a construção do novo recinto de reverência da Igreja Bauru, em alvenaria, o qual viria a ser concluído em meados de 1941.
Pouco antes, em janeiro, Chujiro fora nomeado pela Sede da Igreja, presidente da Associação Geral dos Fiéis (Ichiu-kai) do Brasil.
Nesta época, a Europa e o Leste Asiático já estavam em guerra. Porém, a situação dos imigrantes japoneses viria a se complicar, a partir do ataque à base americana Pearl Harbor pela força aérea japonesa, quando então, os Estados Unidos declararam guerra ao Japão. Era o confronto dos Aliados com as Potências do Eixo – a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O Brasil se integrou aos Aliados, em janeiro de 1943. Foi um longo período de muita insegurança e incertezas.
Em março de 1942, a Igreja Bauru foi fechada e lacrada pelas autoridades e muitos missionários foram detidos. Chujiro, considerado um líder comunitário, sofreu a maior pena. Inicialmente, foram vinte dias na Delegacia de Bauru, depois, transferido, mais sete dias na Delegacia de Ordem Política e Social em São Paulo, e de lá, mais um ano e dois meses na Penitenciaria Estadual.
Mesmo que as reuniões estivessem proibidas, Chiyo manteve-se firme na execução do serviço diário, às escondidas.
Em liberdade condicional e com trânsito restrito à capital paulista, até o final da guerra, Chujiro fundou a Academia de Treinamento Espiritual Rensei Dojo (fevereiro de 1944), nas dependências da Casa de Divulgação São Paulo. Após dois anos, com quatro turmas formadas, a Rensei Dojo transferiu suas atividades para a cidade de Avaí, no interior paulista. Ao todo a Rensei-Dojo formou 150 seminaristas, em oito turmas, cujos cursos tinham duração de seis meses.
Em 11 de janeiro de 1946, a Igreja Bauru é reaberta, oficialmente.
Chujiro não pôde reverenciar Jiba por ocasião da sexagésima celebração do Ocultamento Físico de Oyassama (1946). Porém, em 18 de junho de 1949, representando os fiéis da Tenrikyo, participou do grupo que fez a primeira visita ao Japão pós-guerra. Nessa oportunidade, em 26 de agosto, recebe do Shimbashira II a nomeação de superintendente do Departamento Administrativo de Divulgação do Brasil, cargo que Chujiro acumulou ao de condutor da Igreja Bauru.
Em 1950, Chujiro recebe a informação do estabelecimento da Sede Missionária Tenrikyo no Brasil e, também, a confirmação da presença do Shimbashira para a cerimônia inaugural. Assim, ao iniciarem os trabalhos preparativos, a Igreja Bauru doa o próprio terreno e o respectivo recinto sagrado para a instalação da Sede Missionária e se transfere para a Rua Newton Prado, à cerca de 300 metros do local anterior, onde adquiriu um novo terreno, e está estabelecida até o presente.
Em 31 de julho de 1951, Chujiro é nomeado secretário-geral ao tempo em que se formalizava a fundação da Sede Missionária, cujas cerimônias de consagração dos símbolos divinos e de fundação foram realizadas nos dias 10 e 11 de setembro de 1951, respectivamente. No dia 28 de novembro do mesmo ano, Chujiro foi nomeado Primaz da Sede Missionária do Brasil.
Durante os próximos sete anos, a senhora Chiyo assume interinamente as funções da Igreja Bauru, auxiliada pelo diretor da igreja, Hyakutaro Goda.

Chujiro e Chiyo com símbolos divinos da Igreja Bauru e Paulista, respectivamente, em um hotel da cidade de Santos, em 1936

Novas instalações da Igreja Bauru, Rua Newton Prado, em 1951

